Niver Clara


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Crianças grandinhas em UTI!!!!

Hoje encontrei um artigo sobre mães e filhos em UTI. A experiência que eu tenho foi quando a Clarinha ainda era um bebezinho e não entendia o que estava acontecendo quando ela ficou por duas vezes na UTI. Agora meu bb cresceu e novamente irá para a UTI depois da toracotomia, não sabia como dizer a ela que ela teria que ficar em uma UTI e eu não poderei ficar com ela principalmente nas primeiras horas e com a graça de Deus encontrei este artigo que respondeu todas as minhas duvidas, resolvi compartilhar com vcs caso alguma de vcs tenham ou conheçam alguém que passará por uma situação parecida como a que passarei.


Mães de UTI: como conviver com o drama - Dra Letícia Kancelkis Porta



E quanto às crianças maiores? Como explicar a elas sobre o que estão fazendo na UTI sem traumatizá-las? Como lidar com procedimentos dolorosos?

Tanto as crianças maiores quanto os bebês carecem de explicações sinceras a respeito do que estão fazendo na UTI. Quando o quadro é mais grave e/ou crônico, deve haver muita sensibilidade e, de preferência, a orientação de um psicólogo a respeito de como deve ser dito, de acordo com cada caso. Para tanto, o psicólogo também precisa ter conquistado já a confiança da mãe ou acompanhante, sendo muito empático, “colocando-se no lugar” de quem estará ouvindo o que precisa ser contado, sempre se considerando os limites para isso. Por exemplo, ainda que a criança tenha sido desenganada, não temos o direito, como psicólogos e nem mesmo como seres humanos, de retirar a esperança nem dos pais e nem do pequeno paciente. O desfecho de cada caso será único e uma verdadeira incógnita.

Foram inúmeras as vezes em que presenciei, em todos esses anos de experiência, surpresas maravilhosas que contradisseram totalmente o que as estatísticas previam. Portanto, há de se ter muito cuidado em não “avançar o sinal”, ao comunicar a criança sobre o que está se passando. Na verdade, cada dia deve ser vivido na esperança de que o dia seguinte será melhor, independentemente do diagnóstico e do prognóstico obtido. Afinal, a vida e seus tropeços ou avanços são mistérios a serem desvendados passo a passo.

Quanto aos procedimentos dolorosos, a sinceridade a respeito de como eles serão é de primordial relevância. De nada adianta dizer que não doerá, se vai doer. Pelo contrário: a criança sente-se traída quando não se lhe diz a verdade. Podemos amenizar o medo e a ansiedade, contando-lhe somente quando estiver exatamente na hora em que se dará o procedimento, sendo isso possível. Ainda mais, podemos lembrar ou informar à criança que é necessário para seu bem e que a dor ou o desconforto passará.

Mesmo que a criança esteja em coma, é preciso conversar com ela! Ela ouvirá; sentirá a presença da mãe, daqueles que a amam! Pesquisas já comprovaram este fato.



No caso das crianças maiores, como criar uma atmosfera agradável e com jeitinho de casa, para que a criança possa abstrair um pouco que está no hospital?

Esta pergunta também apresenta fundamento indiscutível, no sentido de se buscar uma compreensão de fatores que possam amenizar a angústia e os medos decorrentes desse estranho e, normalmente, aversivo lugar.

Todavia, há grandes limites para que se consiga criar uma atmosfera agradável e com jeitinho de casa, infelizmente. O que se pode fazer é levar joguinhos, atividades das quais a criança goste e possa realizar na caminha, televisão, brinquedos que sejam permitidos pela instituição (devido à possibilidade de infecções, alguns materiais não podem entrar na UTI).

A presença da mãe ou outra pessoa em quem a criança confie é importantíssima, sendo que a mãe deve buscar ajuda profissional nessa condição de aflições e receios, a fim de que possa estar o mais tranquila possível para conseguir transmitir mensagens “de coração para coração” de esperança, força para prosseguir em uma luta que terminará.



Fonte: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:8AJ0PhauevwJ:https://idmed1.websiteseguro.com/gestantes/maes-de-uti-como-conviver-com-o-drama.html+livro+m%C3%A3e+de+uti&hl=pt-BR&gl=br&strip=1






segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Eventração Diafragmática



Bem, hoje resolvi escrever um pouco sobre Eventração Diafragmática, que também é uma má formação congênita e que pode ocorrer na maioria das crianças que tiveram Hérnia Diafragmática Congênita. Para entendermos melhor a diferença entre estas duas má formações, resolvi postar de uma forma bem simples esta diferença:

Eventração Diafragmática: é quando a musculatura defeituosa do diafragma permite - uma bolsa diafragmática - uma falsa hérnia. Não há rompimento do diafragma, sua musculatura fica flácida, fazendo com que órgãos do abdome se localize no tórax. Normalmente é o estômago que sobe para a cavidade torácica.


Hérnia Diafragmática: é quando há um "buraco" no diafragma, fazendo com que os órgãos do abdome vá para dentro do tórax.

Resolvi posta sobre isso, porque a Ana Clara teve HDC e atualmente ela esta com uma eventração. No próximo dia 31, está previsto a cirurgia de reparo. Muitos cirurgiões preferem não fazer a cirurgia, dizendo que a criança pode viver naturalmente com a eventração. No caso da Clarinha, o estomago esta dentro da cavidade torácica, e foi diagnosticado depois de 3 episódios de pneumonia em apenas dois meses. Ela perdeu bastante peso, come fracionadamente, tem arritmias ao fazer algum esforço, e uma simples gripe se transforma em uma pneumonia rapidamente, ela tem facilidade de ter secreções pulmonares e só consegue expelir com ajuda da fisioterapia. Devido todos estes transtorno, optamos por fazer a cirurgia para melhorar a qualidade de vida da Clarinha. Estou confiante na misericórdia divina e sei que tudo dará certo pq DEUS é maior que tudo. 

Tem outra família que conheci através do blog, que sua bb fez hoje (22/08) a cirurgia de correção do diafragma por causa de uma eventração tbm. É a Giovanna. Peço a todos, que orem por ela, pela minha filha e por todas as crianças que ainda passaram por estes procedimentos. Fica aqui meu apelo e agradecimento.


Clarinha aproveitando os passeios antes de se internar novamente.



"Não fiquem com medo, pois estou com vocês: Não se apavorem, pois sou o seu Deus. Eu lhes dou forças e os ajudo; Eu os protejo com a minha forte mão. Amém." (Isaías 41:10)



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Campanha: A 1ª Dose do Antibiótico deve ser imediato!!!!

Olá mamães, li este artigo que fala sobre a Camapanha: “Antibiótico: 1ª dose imediata”, como a Clara é uma criança que infelizmente sempre faz uso de antibioticos por causa das infecções respiratórias, resolvi postar esta campanha, com o objetivo de informar a todo sobre a importância do tratamento certo na hora certa.


Após o longo diálogo que a Pastoral da Criança teve com o Ministério da Saúde, no ano de 2010, por meio das Secretarias de Saúde da Criança, de Atenção Básica e Assistência Farmacêutica, a Pastoral lança a campanha “Antibiótico: 1ª dose imediata”. O objetivo da campanha é orientar os gestores municipais de saúde e a sociedade, sobre a importância de ministrar a primeira dose de antibiótico nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) logo após a consulta, em especial, nos casos de criança com suspeita de pneumonia. A recomendação é da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde.


A Campanha será lançada no início deste inverno, com veiculação institucional na TV e utilização de outros materiais como cartazes e outdoors.

Muitos exemplos mostram que com boa administração dos recursos, criatividade e ajuda da comunidade, o atendimento pode ser feito com qualidade e na hora em que a pessoa necessita.


 pneumonia é uma infecção respiratória grave. Se a criança não receber o tratamento certo e a tempo, pode morrer. Por isso quando a criança apresenta algum sinal de infecção respiratória, a mãe, pai ou familiar deve ser orientado para que leve ao médico o mais rápido possível; continue a amamentar, se a criança estiver sendo amamentada; dê os medicamentos na dose, nos horários e pelo tempo recomendado pelo médico; volte ao serviço de saúde no dia marcado ou a qualquer momento, se a criança não apresentar melhora ou piorar.

“A primeira dose de antibiótico dada logo após a consulta, ainda no posto de saúde, poderia evitar uma parte significativa das cerca de 4 mil mortes anuais entre crianças menores de 5 anos no Brasil, registradas no Ministério da Saúde. Segundo dados do governo, as infecções respiratórias causadas por bactérias são a segunda causa de morte de crianças no país. As doenças respiratórias respondem por 19,7% das causas de morte de crianças entre 1 e 4 anos de idade, 6,2% das crianças menores de um ano”, destacou o gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur.


Além de disponibilizar uma nota técnica, o Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 1.820, de 13 de agosto de 2009, que descreve os direitos e deveres dos usuários da saúde, e orienta para o tratamento no tempo certo.

No caso do Antibiótico para criança com suspeita de Pneumonia o tempo certo é logo depois do diagnóstico médico, na própria Unidade Básica de Saúde. Todos os documentos estão disponíveis na internet, no endereço www.rebidia.org.br.Campanha NacionalAntes de promover uma campanha a Pastoral da Criança se cerca de parceiros com credibilidade sobre o tema. Este cuidado é necessário para que as informações sejam confiáveis. Com o apoio do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde - Conasems, Ministério da Saúde, Unicef, Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), Academia Brasileira de Pediatria (ABP) e Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (RS) foi planejada a campanha de incentivo ao acesso imediato do antibiótico nos casos de tratamento das suspeitas de pneumonia em crianças.

Em cada município, a secretaria municipal de saúde é a encarregada da organização e do funcionamento das Unidades Básicas de Saúde. Com o apoio da comunidade e das prefeituras, é possível disponibilizar o Antibiótico nas Unidades de Saúde e oferecer o tratamento imediatamente após a consulta.











quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Utilização de Pericárdio Bovino na correção de grandes defeitos Diafragmáticos Congênitos

Sempre que posso, pesquiso artigos na internet sobre HDC, um artigo interessante que encontrei foi esse que fala sobre o a utilização do Pericárdio Bovino na correção de HDC. Fiquei curiosa em conhecer mais sobre o assunto e se alguém conhece algum paciente que usa este método. Gostaria muito de saber, se este método pode ser usado em crianças com recidivas de eventração. Este técnica foi discutida em um congresso chileno, não sei se aqui no Brasil já usaram o pericárdio na correção de grandes defeitos diafragmáticos. Fica ai o artigo e se alguém tiver alguma informação eu gostaria de saber. Deixe seu comentário ou passe-me um email  ana_cleice@hotmail.com, eu fico agradecida pela atenção.

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Universidad de Chile
Servicio Salud Metropolitano Norte 
Facultad de Medicina Hospital Clínico de Niños Departamento de Pediatría y Cirugía Infantil Roberto Del Río



Oito anos de seguimento na utiliza ção de Pericárdio Bovino na correção de grandes defeitos Diafragmáticos Congênitos 

Autores:  França WM, Samaha S, Schmidt AF, Oliveira-Filho AG, Sbragia L. 
Instituição: Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas - Unicamp e Faculdade de Medicina e da Saúde do CCMB, PUC/SP Sorocaba/SP, Brasil 

Introdução: Diferentes próteses cirúrgicas para a correção dos grandes defeitos diafragmáticos congênitos vem sendo descritas nos últimos 50 anos. Alguns materiais sintéticos utilizados nem sempre apresentam bons resultados, pois podem causar recidiva da hérnia, além de não apresentar crescimento adequado com o desenvolvimento do paciente e levar a deformidade torácica e de coluna vertebral. As alternativas biológicas para a correção destes defeitos podem ser autólogas como o retalho do músculo dorsal, a fascia lata ou do reto abdominal ou pela utilização de biomaterias como a duramater e submucosa de intestino delgado. Pericárdio bovino (PB) é muito conhecido, seguro e largamente utilizado em próteses de vávulas cardíacas e não há na literatura a descrição da sua utilização para correção de grande defeitos do diafragma em neonatos. 

Descrição: De março/2001 a abril/2009 foram operados 6 neonatos com idades getacionais entre 36-40 semanas. Quatro apresentavam grandes hérnias diafragmáticas esquerdas e 2 com agenesia total do diafragma esquerdo. Todos os defeitos foram corrigidos com PB, sendo que sua fixação foi feita com fio de Prolene® 4-0, na região onde deveria estar o diafragma, pontos simples e separados num leve formato de cúpula. Três neonatos foram submetidos a intervenção fetal para hérnia diafragmática congênita – FETO (fetoscopic endoluminal tracheal occlusion) e 2 sobreviveram. Quatro neonatos estão vivos, com idades entre 2 meses e 8 anos. Dois foram a óbito no 12º e 42º dia de pós-operatório por complicações cardio-respiratórias. A radiografia pré-óbito mostrou o PB no local suturado, sem herniações. 

Revisão: O PB tratado em glutaraldeído a 4% é  comumente utilizado em cirurgias cardiovasculares. Trata-se de material biológico, tem formato de uma pequena folha, de tamanho aproximado de 10x14cm, de boa elasticidade e resistente à tração. Tem uma superfície lisa e a outra rugosa, que se molda muito bem ao local de sutura além de não necessitar do uso de imunossupresores. A criança mais velha está com 8 anos e sem alterações respiratórias nem deformidades torácicas. Os demais estão sob acompanhamento ambulatorial e não apresentam alterações. O PB mostrou ser um material biológico confiável e duradouro para correção destes defeitos.

Rev. Ped. Elec. [en línea] 2009, Vol 6, N° 3. ISSN 0718-0918